Em entrevista à DW, o analista Eugénio Costa Almeida frisa que não tem havido "grandes desenvolvimentos" no combate à corrupção em Angola e questiona onde têm sido aplicados os ativos recuperados.


O ano de 2024 arranca em Angola com desenvolvimentos em dois dos casos mediáticos que têm marcado a governação do Presidente João Lourenço.
Num despacho de 11 de janeiro, o Ministério Público acusa a empresária Isabel dos Santos de 12 crimes no processo que envolve a sua gestão na Sonangol. Dias mais tarde, o Presidente João Lourenço autorizou a abertura de um concurso público para a privatização dos 39 hotéis que pertenciam ao empresário Carlos São Vicente e que foram recuperados pelo Estado.
Em entrevista à DW, o analista Eugénio Costa Almeida defende que, "mesmo que associados", os poderes judiciais e político têm de ser separados.
Quanto ao combate à corrupção em Angola, Costa Almeida frisa que não tem havido "grandes desenvolvimentos". "Diz-se que o Estado já recuperou vários milhares de milhões de dólares nesse combate, mas também ainda não percebemos bem onde é que esse dinheiro está a ser aplicado", acrescenta.

Entrevista/análise efectuada pela jornalista Raquel Loureiro, para a secção portuguesa para África da DW, em 23/01/2024; pode ser lida e ouvida aqui
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